Is 60,1-6
Sl 71(72)
Ef 3,2-3a.5-6
Mt 2,1-12
Vivendo ainda o mistério do Natal do Senhor, a liturgia deste domingo, com a Solenidade da Epifania, destaca a manifestação do Filho às nações. Sinal de que a salvação operada por Deus abraça a todos, convidando-nos a uma vida nova, transformada pela luz do messias.
Na primeira leitura, a profecia de Isaías fala de um projeto de restauração realizado por Deus que irá abranger toda a humanidade: “Os povos caminham a tua Luz e os reis ao clarão de tua aurora” (Is 60,3). Essa perspectiva é realçada pelo salmo, no qual se canta que “as nações de toda terra hão de adorar-vos, ó Senhor”.
Essa expectativa da salvação vivida no Antigo Testamento é realizada na narrativa do evangelho de Mateus. Abordando o nascimento de Jesus, Mateus apresenta a visita de três Magos do Oriente à Sagrada Família em Belém. Estrangeiros que andam um longo caminho para se encontrar com o Rei dos Reis e prestar-lhe um gesto de adoração.
A narrativa nos faz notar que este caminhar não foi movido pela curiosidade, pelo medo ou por interesses quais quer. As três atitudes dos Magos diante do Menino Jesus expressam um verdadeiro ato de fé: eles ajoelharam-se, adoraram e ofereceram presentes. Ajoelhar é um sinal de reconhecimento da grandeza daquela frágil criança; adorar, um reconhecimento da natureza divina presente em Jesus; os presentes, sinal de acolhida e de entrega confiante daquilo que possuíam, porque encontraram nele a verdadeira riqueza.
Essa narrativa do Evangelho nos permite perceber que diante de Deus não há barreiras culturais, geográficas ou sociais. Ele está pronto a acolher a todos que o procuram de coração sincero e humilde. O exemplo dos magos torna-se inspirador a nós cristãos do mundo atual. Como eles, caminhemos ao encontro de Jesus – que se manifesta em situações e experiências tão singelas – deixemos que sua luz nos guie e diante dele façamos uma profunda e autêntica adoração, entregando nossa vida, nossos talentos e dons a serviço do seu Reino.
Pe. Jandir Silva