MISSA DE DESPEDIDA DE PADRE EGÍDIO E 10 ANOS DE SACERDÓCIO DO PADRE MARCO - TANHAÇU-BA |
“O futuro a Deus pertence, há males que vêm para bem,
nem todo mal é mau” são pérolas da sabedoria popular que nos ajudam a viver e a
superar a COVID-19, aterradora em si mesma.
Com essa esguelha do pensamento vemos a feliz e a nós
benéfica permanência do padre Egídio Menon em nosso meio pelos últimos meses. Sua
presença desde o início de fevereiro até a ultima quarta feira é parte do
intercâmbio missionário entre nossa Diocese e a de Vittorio Veneto (Itália). Missionário
em terras brasileiras anos atrás, dessa vez o padre Egídio veio para acompanhar
os primeiros meses de seu colega de ministério, o padre Marco Dal Magro, enviado
como missionário de Vittorio Veneto para ser, como o é, Pároco de Nossa Senhora
do Perpétuo Socorro de Tanhaçu. Em março último, a pandemia, que ainda nos
assusta, pôs seus limites nas relações sociais e afetou drasticamente a
liberdade de ir e vir, fazendo com que o retorno do padre Egídio, programando
para depois de Semana santa, ocorrida em abril, fosse adiado. Certamente, o
futuro precisou ser reprogramado, planos refeitos, mas é certo que, continuando
conosco, estando em Tanhaçu, o padre Egídio pôde beneficiar a muitos com sua
presença, simplicidade e constante bom humor, tudo tão fundamental à pastoral exitosa
num mundo cada vez mais complicado, inclusive pelas regras do isolamento
social, por ele religiosamente observadas. E assim, os que teriam apenas uma
amostra da sua vocação eminentemente missionária e o padre Marco, que o recebeu
como a uma espécie de preceptor pastoral em terras brasileiras, todos, enfim,
pudemos desfrutar da sua agradável companhia e despojada sabedoria, sempre
benéfica, mesmo limitada ou por mais breve que fosse o tempo ao seu lado.
Com a progressiva normalidade voltando à Itália, para
lá, sua casa, rumou o padre Egídio, na última quarta feira, aqui tendo cumprido
sua missão com louvor, fino trato, deixando-nos saudades e aquela convincente
impressão que, além de veterano missionário, ele é um dos nossos, um irmão
querido, porque sem reservas se juntou a nós no tempo estendido pela pandemia, alterando
o futuro que, como todos os outros, desprendido das mãos de Deus, transformou-se
num presente absolutamente bom.
Ao padre Egídio Menon, nossos sinceros agradecimentos.
Padre Rinaldo Silva Pereira
- chanceler do Bispado -