2º SEMINÁRIO SOBRE FORMAÇÃO PRESBITERAL, NOS DIAS 20 A 26 DE JANEIRO EM APARECIDA (SP). VEJA FALA DE DOM LEONARDO STEINER!

 “O Presbítero é um homem conquistado por Deus”
      O processo formativo integral dos sacerdotes nas dimensões humano-afetiva, intelectual, missionária e espiritual foi destacado pelo bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steineir.
      Dom Leonardo recordou que a Igreja forma pastores para servir ao povo, sendo o padre um homem conquistado e alcançado por Deus. “A nossa vocação e missão nascem de uma conquista que Deus fez de nós, que é uma escolha que Jesus fez por nós. E esse ser conquistado só é possível no encontro”, disse ao citar o apóstolo Paulo.
      Segundo dom Leonardo, a experiência de ser amado e conquistado por Deus desperta uma gratidão que, por sua vez leva à gratuidade de servir. “Até que ponto na formação estamos conseguindo despertar os formandos para essa grandeza da conquista, para uma vida de gratidão, de generosidade, doação, como Deus?”, perguntou.
      De acordo com o bispo, o presbítero é um ser em relação com Deus, consigo e com o outro, que busca agir de forma saudável e madura com a realidade em que vive. O sacerdote é aquele que mantém uma relação íntima com Deus. “Como seres no mundo, chamados à vida, aquele que é chamado ao presbitério não é uma criatura isolada, mas em constante convivência e relacionamento com os outros e com as coisas criadas”, disse.  Para dom Leonardo, ser discípulo missionário é “ser relação”.
      Sobre a figura do presbítero, o secretário geral da CNBB destacou que devem ser “homens sagazes, sábios, intelectuais, que saibam ler na história de hoje a presença de Deus, que saibam entrever na busca do homem e da mulher de hoje, esse mistério grandioso do amor de Deus”.

DESAFIOS DA FORMAÇÃO

      Diante dos desafios da formação presbiteral, dom Leonardo lembrou que é determinante que o reitor provoque o formando a sair do seu mundo.
      Disse, ainda, que há uma dificuldade em despertar nos formandos a consciência e a experiência de ter sido amado e conquistado por Deus, experiência fundamental para a gratuidade. “Hoje não conseguimos fazer ver que a vocação é um chamado, dom, graça, conquista, talvez porque não tenhamos feito a experiência de sermos conquistados por Deus. Gratidão nasce em quem foi amado gratuitamente, sem para quê, sem justificativa. A gratuidade da conquista é que torna o coração livre e doador”, ponderou.

FONTE: www.cnbb.org.br

Veja também o que disse o Cardeal Cláudio Hummes sobre a formação dos Presbíteros!

     O presidente  da Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB, cardeal Cláudio Hummes, em sua fala, recordou as palavras do papa Francisco dirigidas aos bispos brasileiros durante a JMJ Rio 2013 e também destacou a sua simplicidade como pastor da Igreja.  “Tudo isso são grandes interpelações para a formação de nossos seminaristas. O papa ensina a sermos pastores. Ensina com seu exemplo e sua palavra”, disse dom Cláudio.
      Citando o discurso de Francisco, o cardeal lembrou que é preciso rever a formação dos padres. “O papa faz um apelo a nós quando disse que ‘se não formarmos ministros capazes de aquecer o coração das pessoas, de caminhar na noite com elas, de dialogar com as suas ilusões e desilusões, de recompor as suas desintegrações, o que poderemos esperar para o caminho presente e futuro?’’.

IGREJA MISSIONÁRIA

      Sobre a escassez de padres, dom Cláudio observou que o crescimento dos sacerdotes não está acompanhando número dos católicos e da população. Para ele é necessário reformular a articulação pastoral no contexto atual de forma que a Igreja esteja mais próxima do povo, em estado permanente de missão.
      O papa quer uma Igreja que saia “em busca dos desvalidos e dos mergulhados na miséria, na fome, no descaso, no abandono, na noite da desesperança seja material seja espiritual. Portanto, uma Igreja misericordiosa e missionária, uma Igreja próxima, capaz de aquecer os corações, como Jesus aqueceu os corações dos discípulos desesperançados de Emaús”, destacou dom Cláudio.

      Ao final de sua fala, o cardeal deixou um questionamento para ser refletido pelos participantes do Seminário Nacional: “Como formar o seminarista para que não aspire a uma vida cômoda, tranquila, na futura casa paroquial, não busque o dinheiro, a boa comida, o luxo, não queira ter o melhor carro, não veja os paramentos como enfeite do padre, mas como símbolo religioso e por isso evite paramentos esplendorosos, cheios de bijuterias, de brilhos, de rendas?”

FONTE: www.cnbb.org.br