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Como a nossa Democracia é
representativa, escolhemos pessoas que sejam a nossa voz, que levem as nossas
ideias as esferas de poder público, e, o modo como fazemos isso é através das
eleições. Para vencer este processo, porém, o Candidato necessita ser escolhido
pelo povo, portanto dever ser “signo” do pensamento de maior número de
eleitores. Como na Grécia, o modo que tem para isso é a exposição de seu pensamento
através da oratória.
A Retórica, neste contexto, tanto pode
servir para que seu discurso seja de realização verossímil, com base na
realidade e viabilidade econômica/social; quanto pode somente ser preenchida
por promessas ilusórias enfeitadas de verbos futuristas (Construirei, farei) e
vazias. O que determina a escolha?
No contexto brasileiro, infelizmente,
percebemos que a maioria dos cidadãos que se alvitram a ocupar os cargos de
representação, almejam o seu próprio bem e de um restrito grupo social que,
embora numericamente pequeno, tem grande capital financeiro, do qual utiliza
para através do marketing, incluindo neste o discurso do postulante, convencer
as parcelas mais vulneráveis a votarem nestes ideais, elegendo assim, não seu
representante, mas dos grupos dominantes.
Assim, averígua-se, por via de análise
dos planos de governo e propostas de eleições anteriores, que, durante o
mandado, é pequeno o empenho do político em cumprir com sua palavra, visto que,
até mesmo o cidadão dificilmente cobra esta postura. O que se vê depois da
posse, são pessoas buscando vantagens diante do cargo que receberam da
população, pouco se importando com as reais necessidades desta.
Por conseguinte, é constatável que os
discursos políticos, na sua maioria, são falaciosos, fiéis somente ao marketing
e as técnicas de convencimento, similares às ensinadas pelos Sofistas, e que
não guardam em si a real intenção de ser a mostra de um ideal de felicidade
comum.
Kleber Chaves
1º Filosofia