Na
Idade Média, quando a Igreja Católica consolidou-se como "guardiã" da
cultura literária, através dos mosteiros, influenciando toda a sociedade com os
conceitos religiosos, já se discutiam entre os intelectuais a relação entre fé
e razão.
Com
o intuito de justificar a fé através da razão foram utilizados métodos
filosóficos, entre os quais a Patrística, ou seja, a filosofia dos Padres da
Igreja, e a Escolástica, estas fundadas por Agostinho e Tomás de Aquino. A
filosofia medieval conciliava fé e razão em um único período da história,
fazendo da razão um auxílio para a fé e para a teologia, utilizando conceitos
de Platão e Aristóteles.
Desta
forma, a filosofia medieval assemelha-se a filosofia moderna pela busca do
conhecimento. Contudo a filosofia moderna rompe com os preceitos dogmáticos,
pois acredita que a razão deve ser autônoma e livre de qualquer outra coisa,
sendo isso reforçado na modernidade com o Renascimento, que veio salientar a
"libertação" do pensamento, marcando
de forma decisiva o império da razão sobre as demais coisas, originando
correntes filosóficas como o racionalismo, na qual se destaca o filósofo René
Descartes, criador do método que veio a ser conhecido como o Método Cartesiano,
meio pelo qual o filósofo propunha para se chegar a verdade indubitável.
Portanto,
pode-se destacar das filosofias, tanto da Idade Média quanto da Moderna
importantes conceitos. Da medieval a união entre fé e razão e a busca pelo
conhecimento que originou as escolas e universidades, e da moderna podemos
verificar o desapego das influências demasiadamente dogmáticas e a valorização
do homem como indivíduo e artífice da história.
Max Sabrino
3º Filosofia