Homilia do 14º Domingo de tempo comum

Queridos irmãos e irmãs, celebramos hoje o 14º. Domingo do Tempo Comum.

Durante este mês somos convidados a elevar nossos hinos de gratidão a Deus por todos os nossos dizimistas, que fielmente participam desta grande obra de evangelização. O dízimo é um serviço missionário que tem produzido muitos e bons frutos em nossas paróquias. Deus seja louvado pelos fiéis que traduzem sua gratidão em generosidade na vida da comunidade.
A liturgia da Palavra nos recorda que todos os batizados têm recebido de Deus uma missão e que muitas vezes, sustentados pela graça Divina, como na primeira leitura somos enviados a um povo de cabeça dura e coração de pedra; a um rebanho rebelde. Essa leitura tem forte ligação com o santo evangelho que escutamos. Jesus é motivo de escândalo em sua própria cidade, no meio de sua gente. E Ele mesmo se admira pela falta de fé dos seus. A missão do profeta nem sempre é fácil. Quase nunca o profeta que anuncia a Verdade é bem acolhido ou compreendido pelos seus destinatários. Mas, mesmo não sendo aceito, o profeta insiste, no tempo oportuno e inoportuno, não desiste apesar dos ventos contrários, das perseguições e do desânimo. E ele não para de anunciar porque antes de ser o anunciador, todo profeta é ouvinte, acolhedor da Boa Notícia do Reino. É uma pessoa que se deixa ser preenchido pela graça do alto, é conduzido constantemente por Aquele que o chamou e de Quem se tornou porta-voz.
Os diversos serviços que prestamos em nossas comunidades, nas pastorais, nos movimentos e grupos são sinais deste envio missionário do Pai. Ele envia o Filho amado, e o Filho, com Ele e por Ele, nos envia como sua Igreja missionária e anunciadora do Evangelho da salvação.
As leituras nos trazem ânimo na caminhada, pois, assim como o profeta, como o apóstolo e como o Cristo, também somos rejeitados e incompreendidos por causa da fidelidade que devemos devotar ao nosso chamado, envio e missão. De fato, o serviço missionário não é algo fácil ou sempre compreendido, porém se cada missionário se deixar ser conduzido pela graça, não nos cansaremos ou desistiremos de nosso trabalho apostólico, pois Aquele que nos chama e envia também nos dar a graça necessária para bem desempenhar a missão batismal.
Renovemos no Cristo que não se deixou abater quando incompreendido, antes, de ânimo redobrado continuou sua missão no povoado das redondezas, ensinando. Que de igual maneira animados pelo Divino Espírito não desistamos de nossa pastoral e, certos de que nos basta a graça divina, levemos sempre mais avante nossos trabalhos pastorais.