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É
por tal inquietação que o filósofo se dá conta do abismo entre sua orientação
cultural e as novas ciências e filosofias que surgiam em toda parte, percebe
também a falta de uma série metodológica capaz de guiar as ideias existentes à
busca da verdade. Para Descartes, a cadeia silogística tradicional não permitia
aos dialéticos formar, com arte, nenhum silogismo, a lógica tradicional nada
mais fazia que ajudar a expor a verdade mas não a conquistá-la, mesmo admirando
o rigor do saber matemático ele também critica tanto a aritmética como a
geometria tradicionais por não sustentarem uma orientação metodológica.
Descartes
querendo apresentar regras certas e fáceis que pudessem ser observadas por quem
quer que seja sem tomar o falso por verdadeiro elabora as regra do método: A
primeira regra é a da Evidência, na qual “não se deve acatar nunca como
verdadeiro aquilo que não se reconhece ser tal pela evidência...”
A
segunda regra é da Análise, que consiste em dividir cada problema que se estuda
em tantas partes menores quantas forem possíveis e melhores necessárias, para
resolvê-los.
A
terceira é a Síntese que se dá em: “conduzir por ordem meus pensamentos,
começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer para, aos
poucos, ascender, como que por meio de degraus, aos mais complexos”.
A quarta e última é a regra da enumeração e
revisão, sendo que a primeira verifica se a análise é completa, a segunda
verifica se a síntese é correta.
Além
desses pensamentos, podemos encontrar no mesmo filósofo o “Cogito ergo sum”, o “penso
logo existo”, que consiste na certeza do pensamento. O pensamento em ato escapa
a qualquer dúvida, o “penso logo existo” é uma intuição pura e não um
raciocínio. Trata-se aqui de um ato intuitivo, pelo qual percebemos nossa
existência enquanto pensantes. Podemos considerar que Descartes chega a esta
conclusão quando afirma: “somente depois tive que constatar que, embora eu
quisesse pensar que tudo era falso, era preciso necessariamente que eu, que
assim pensara, fosse alguma coisa.” Pois ai, ele faz do duvidar de todas as
coisas uma maneira de se chegar a certeza de sua existência.
Max Sabrino
3º Filosofia