33° DOMINGO DO TEMPO COMUM

LEITURAS:
Dn 12,1-3
Sl 15/16
Hb 10,11-14.18
Mc 13,24-32

Aproximando o final do ano litúrgico, as leituras nos indicam a realidade escatológica da vinda do Senhor. A profecia de Daniel prefigura essa mensagem. O profeta lembra a salvação, a vida eterna, a luz fulgurante que Deus prepara para seus filhos, para aqueles que lhe são fiéis. Algo semelhante Jesus nos diz no Evangelho: nos dias da tribulação “Ele enviará os anjos, e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, desde a extremidade da terra até a extremidade do céu”.
Muitas vezes, o que chama a nossa atenção nessas leituras são os eventos catastróficos ou o cenário assustador narrado pelo autor. Porém, esses elementos da linguagem apocalíptica expressam o poder de Senhor e reafirmam a esperança dos que estão em Deus. Desse modo, a mensagem fundamental da celebração é uma mensagem de alegria e esperança: Deus virá, transformará a história. A nossa esperança não é vazia, por isso temos de continuar caminhando confiantes, servindo ao Senhor e servindo os irmãos.
Nesse sentido, a liturgia desse domingo é uma grande oportunidade para refletirmos e avaliarmos nossa esperança cristã. Muitas vezes o ambiente em que vivemos é marcado por muitas dificuldades, desafios, perseguições, até mesmo perigo. Tudo parece hostil ou desordenado. No entanto, nada disso é sinal de desânimo, tampouco sinal de desespero. Ao contrário, é sinal de que é preciso continuar lutando, é preciso continuar firme na fé. E a nossa garantia é Jesus. Ele se faz presente continuamente em nossa história humana, revigorando nossas energias com a luz do seu Evangelho e com a força do Espírito.
Nessa linha podemos compreender a parábola da figueira contada por Jesus. Como a planta dá sinais do fruto que virá, as muitas adversidades que passamos são sinais da força atuante de Jesus na história, que na hora certa se manifestará. Temos essa certeza: Jesus se manifestará. Mas temos também uma incerteza: ninguém sabe a hora. Por vezes, somos muito ansiosos com a hora. Queremos tudo imediatamente, sem demora. Mas a hora não é a nossa, é a de Deus. Mesmo que aos nossos olhosela pareça tardar, nossa esperança não deve morrer. Como cristãos precisamos caminhar confiantes na ação de Jesus.
Nossa esperança não deve morrer por que não é uma esperança vazia. Como nos lembra a leitura de Hebreus, Jesus já se entregou por nós uma vez. Ele exerceu o serviço sacerdotal de modo pleno por amor a nós. Esse ato já é garantia e demonstração da reconciliação e do imenso amor de Deus por nós. Portanto, prossigamos na nossa fé, no nosso serviço, sem nos deixar abater pelas adversidades e dificuldades. Temos uma grande esperança: nela caminhemos sem desanimar!

Jandir Silva