Sob uma chuva intensa, começaram a
aparecer as primeiras pessoas das, aproximadamente, cem (100) que compareceram,
ontem (07), às 19:30h, ao Auditório do Centro Diocesano para participarem do
debate: “A cidade que sonhamos. A Livramento que queremos construir”.
O objetivo foi, a partir da Mensagem do
papa Francisco para o Dia Mundial da Paz 2016, “Vence a indiferença e conquista
a paz”, partilhar ideias e lançar propostas para que nossa cidade seja um
espaço de vida mais serena, humana, fraterna e solidária.
O Debate se iniciou com uma síntese da
Mensagem do Papa, feita por Dom Armando, que destacou que a indiferença
caracteriza-se por um desinteressar-se pelo outro, por um se esquivar a fim de
“não ser abalroado pelos problemas alheios”. E continuou refletindo que a
primeira forma de indiferença é aquela para com Deus, quando o ser humano se
deixa dominar por um sentimento de autossuficiência, da qual deriva,
consequentemente, a indiferença para com o próximo e com a casa comum, e que se
expressa na mentalidade de que “não devo nada a ninguém”.
Após a apresentação da Mensagem, foram
convidados para compor a mesa de debate juntamente com Dom Armando, o
jornalista e advogado Raimundo Marinho e o Padre Nicivaldo Evangelista, Pároco
de Ibitiara, que é mestre em Teologia Moral.
As discussões partiram de alguns
questionamentos: os valores que devem ser vivenciados na sociedade; os limites na
organização social e as propostas para o pleno exercício da cidadania.
As falas de cada um ajudaram os
presentes a refletirem sobre os sérios desafios da realidade em que vivemos e
da necessidade de unirmos forças, conscientes da responsabilidade de cada um de
nós, seres humanos, cristãos, cidadãos, que devem saber respeitar o semelhante
e o seu direito, seguindo o ensinamento de Jesus Cristo, favorecendo o
engajamento na comunidade, que deve eleger as suas prioridades, buscando a solução
com base nas decisões políticas acertadas, e nas leis, que devem ser acessíveis
a todos. Tudo isso deve ser feito, tendo em vista os princípios/valores da
transparência, da gratuidade e da disponibilidade para servir.
Depois das falas, o debate foi aberto e
algumas pessoas falaram, expressando sua opinião, fazendo ressonância ao que
foi apresentado e contribuindo com a reflexão. Desse modo, esse se tornou um
momento marcante para a nossa comunidade que, há três séculos, vem construindo
a sua história e que sonha em continuar construindo uma cidade melhor, na qual
possamos viver com amor, dignidade, respeito, solidariedade e paz.