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A
hermenêutica universal de Gadamer está voltada para as ciências do espírito, em
que ele rebate as ideias defendidas pelo historicismo e positivismo de que as
ciências do espírito para serem classificadas como tal, deveriam criar seus
próprios métodos e critérios.
Gadamer
defende a ideia de que as ciências do espírito não carecem de ficar presas à métodos e critérios, mas sim, embasadas ao
emprego de um tato, que poderá ser compreendida com base na tradição cultural.
Seguindo
esse contexto, Gadamer afirma que o historicismo impregnou na hermenêutica a
contextualização dos acontecimentos ao seu período ocorrido, caindo assim numa
contradição, pois esta, fica presa ao seu tempo. Ele aprofunda o sentido da
compreensão, fazendo ligação também à aplicação do entendimento adquirido deste
compreender-se, ao passo de afirmar que compreensão e aplicação coincidem,
sabendo que a compreensão é a continuidade de um diálogo outrora começado.
Contudo, destaca-se a hermenêutica da aplicação: a dialética da pergunta e da
resposta.
A
linguagem, a partir da conversação para Gadamer, tem sentido de relação do texto
com aquele que o realiza, ou seja, um diálogo interior, pois o texto nunca
esgota o seu significado e nós não abstraímos por completo todo conhecimento de
um enunciado.
Segundo
Gadamer, é preciso despertar a história dos efeitos do texto, apoiando-se na
leitura de mundo e do horizonte em que se encontra o leitor num contexto
existencial; a tradição tem que ser respeitada para não partir do ponto zero,
anulando a existência anterior.
Ele
enfatiza que a leitura não deve ser feita de maneira circular, mas sim, em
espiral, abrindo novos horizontes de interpretação. Gadamer tem como objetivo, a
busca da compreensão como participação do leitor no escrito, para assim,
ultrapassar o sentido inicial apresentado pela leitura, a auto-compreensão como
possibilidade do ser. Portanto, “a verdadeira linguagem jamais esgota o
enunciável”.
Élcio
Bonfim
3º
Filosofia