1º DOMINGO DO ADVENTO – ANO A

LEITURAS:
Is 2, 1-5
Salmo 121 (122)
Rom 13, 11-14
Mt 24, 37-44  

A liturgia, a partir deste domingo, nos coloca em mais um ano litúrgico e quer nos ajudar a viver bem à espera do Senhor. Nas alegrias e tristezas do tempo presente encontramos o alento de Deus e a certeza de que aquilo que Ele inaugurou com a vinda de seu filho realizará plenamente com a volta do Cristo.
            Advento quer dizer chegada. É a chegada do próprio Cristo que ocorre de dois modos, no seu nascimento e na sua vinda gloriosa. Isto nos coloca num duplo movimento. A primeira vinda, já ocorrida, nos convida a acolher Jesus que partilha da nossa humanidade. A segunda pede uma espera vigilante, uma preparação nossa para nos ajustar cada vez mais na condição de filhos de Deus que recebemos por meio de Jesus.
            A primeira leitura mostra que a preparação para a chegada do filho de Deus já era feita pelo povo de Deus muito tempo antes do nascimento de Jesus. Vivia-se a esperança da vinda do Reino de Deus sobre a terra. Esta vinda aconteceria por meios do Messias, o filho de Davi. Para nós este Messias já veio, o próprio Jesus.
            A luz de Deus que antes era os mandamentos agora se encarnou: Vinde Todos da casa de Jacó e deixemo-nos guiar pela luz do Senhor. (Is 2, 5). Devemos então ter grande alegria porque a esperança que o antigo povo de Deus tinha na vinda do Reino se realizou em Jesus.
            Também temos de lembrar que a volta de Jesus não é para nos amedrontar, pois o que ele realizará é justamente o que nós queremos: a justiça e a paz. O Senhor nos pede empenho, mas nos ajuda a caminhar, a sua graça nos acompanha, não há o que temer. Se buscamos com sinceridade e esforço corresponder o chamado de Deus a santidade e estamos atentos a que a nossa fé precisa sempre nos aproximar mais de Deus e uns dos outros, então nós ficaremos de pé no julgamento.
            Na segunda leitura são Paulo nos ensina que o mais importante não é saber o dia nem a hora da vinda do Senhor, mas o esforço em não cair nas tentações que nos fariam indignos de permanecer em seu Reino. Para prosseguir, vamos nos purificando a cada dia dos males quem em nós produzem trevas, para que a luz de Deus tome conta de nós.
            Tanto o que Cristo realizou como o caminho que nos propõe para chegar a plenitude do que ele quer nos dar devem ser motivos de alegria. A razão desta alegria é a presença de Deus no nosso meio e a esperança e nos encontrarmos definitivamente com ele.
            No evangelho vemos ainda mais forte a necessidade da vigilância. Mas por que no Juízo Final? É que no Juízo Final ficará claro quem viveu neste mundo segundo os ensinos de Deus em Sua Vontade, segundo Seus Mandamentos, que fazem o Reino de Deus ser diferente de qualquer reino humano. Na sua imensa bondade, Deus ensinou a todos como viver na paz, na justiça, na santidade. Quem passou a vida na terra sem dar atenção a estes ensinos de Deus levou uma vida de trevas, de violência, de crimes e de todas as formas de pecado. Estas pessoas não poderão entrar no Reino de Deus no fim da história da humanidade. Foram as que não pediram ao Pai: “não nos deixeis cair em tentação”. Eles caíram e não se levantaram mais.
            Estes pensamentos podem nos assustar.Porém pensemos na alegria que nos dá dizer a Deus: “Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. E venha a nós o Vosso Reino”.

            Fazendo isto, estaremos bem preparados para o Natal e para a segunda vinda, a “Chegada” gloriosa de Jesus no fim dos tempos. E poderemos concluir com o profeta Isaías: VINDE, TODOS, E DEIXEMO-NOS GUIAR PELA LUZ DO SENHOR que vem no Natal.