LEITURAS:
Ap 7,2-4.9-14
Salmo: 23
1Jo 3,1-3
Mt 5, 1-12ª
Salmo: 23
1Jo 3,1-3
Mt 5, 1-12ª
Queridos irmãos e estimadas irmãs, hoje
celebramos o grande mistério Pascal de Cristo realizado em plenitude na vida de
tantos homens e mulheres que nos precederam nas moradas eternas. A solenidade
de todos os santos, que celebraríamos no dia 01 de novembro, é costumeiramente
transferida para o domingo mais próximo facilitando a participação dos fiéis,
ainda caminhantes neste mundo, mas que já tomamos parte, mesmo que por maneiras
diferentes, do Dom da Santidade, vocação que todos os seres humanos são
chamados a buscar. Esta vocação universal nos apresenta algo profundo: a
comunhão dos santos. É um artigo de nosso creio: “creio na santa Igreja
Católica, na comunhão dos santos”. Todos os santos, isto é, os redimidos por
Cristo, que viveram antes de nós, formam uma comunhão, uma unidade: são o corpo
glorificado de Cristo, a Igreja dos bem-aventurados. Esta comunhão acontece
agora não mais por meio da fé e da esperança, pois, estas virtudes para os que
vivem na glória da Trindade Santa já passaram. O que nos une a eles é a
caridade. A Caridade que é o próprio Deus, aquela caridade que não passa, que
nem a morte tem a força de destruir ou interromper. Por esta misteriosa comunhão,
os santos estão presentes na caminhada da Igreja Militante, que somos nós - os
que ainda estamos neste mundo. Quando os invocamos nominalmente, em algumas
circunstâncias especiais na ladainha dos santos, percebemos que estão de
verdade ali e os sentimos como nossos irmãos que creram em tudo que cremos,
esperaram aquilo que esperamos, sofreram aquilo que sofremos. As leituras que
nos acompanham neste domingo leva-nos contemplar a Igreja dos que já passaram
pela grande tribulação e agora cantam o cântico da vitória e do louvor. É uma
multidão imensa, de todas as raças, de todos os povos e nações, que entraram na
“alegria do Senhor” e vive agora escondida com Cristo em Deus. Por sua vez, a
Igreja da Bem-aventurança é a Igreja peregrina; para esta Igreja o Senhor traça
o caminho estreito que conduz à vida. Aquele caminho que pela Eucaristia
trilhamos. A comunhão eucarística se torna a antecipação da Jerusalém celeste,
de uma comunhão mais íntima com os santos. Bem-aventurados aqueles entre nós
que serão convidados àquela ceia do Senhor: aquela em que ele se dará aos seus
eleitos sem véus, nem símbolos, mas “faca a face”.
Pe. Gonçalo Aranha dos Santos
-Administrador Paroquial de Barra da
Estiva