No domingo (30/09), às cinco da manhã, na gruta do Bom Jesus do Taquari, encontravam-se um grupo de adolescentes e alguns catequistas dispostos a subir a montanha e passar o dia fazendo a experiência do “Sermão da Montanha”. Este foi o tema do Retiro, organizado em cinco paradas.
Na primeira parada, foi feita uma introdução com tomada de consciência aprofundando o sentido do retirar-se. Com os olhares fixos no nascer do sol, com suas diversas cores, acolhendo os cantos dos pássaros que elevando seu hino de gratidão a Deus, sentindo o toque da brisa suave em todo seu ser, inspirados na criação obra das mãos de Deus, iniciaram o seu hino de gratidão a Deus com o mantra: “buscai a luz muito além do sol” depois de um momento de oração, ouviram e contaram juntos a música do Roberto Carlos “A Montanha”. Para melhor organização, cada um escolheu uma dupla, para ser seu “Anjo”, e assim, partilhar seus sentimentos, cuidar e ser cuidado por ele até a próxima parada.
No mirador próximo a Estrada Real foi a segunda parada, onde houve uma sessão de perguntas e respostas desafiadoras enfatizando três dimensões: Família, Igreja e Sociedade. Nestas questões se percebeu que muitas coisas necessitam ser trabalhadas com esta juventude, sobretudo a questão de saber perdoar, como, e a quem perdoar. Encerrou-se este momento com em oração em grupo. E mais um desafio foi proposto, trocar de par. Digo, “Anjo”, ser fiel a ele e na medida que ia caminhado cada um era livre de escolher uma pedra a que chamasse mais a sua atenção e comentasse sobre ela. E assim foi feito.
A terceira parada, foi algo espetacular que muito chamou atenção do grupo. Aconteceu, logo em seguida da subida da Estrada Real: utilizou-se de uma dinâmica com as pedras escolhidas no caminho e explicou para o grupo, que aquela pedra significava uma calúnia, uma mágoa tirada por alguém e que eles decidiram guardá-la para devolver quando tivesse oportunidade. Explicou-se também que uma ofensa, atrapalha a vida de quem carrega, quando não libertada o perdão a uma pessoa, quem mais sofre é quem guarda e mais fica incomodado, portanto não se tem limites para perdoar a quem quer que seja. Depois de alguns instantes de reflexão, foi lido o salmo 138(137) Deus olha os humildes. Encerrou-se soprando bem forte na pedra, tirando todas as mágoas e em seguida atirando-as para bem longe, o máximo que pudessem.
Devido ao sol muito quente não foi possível fazer a quarta parada, que trazia como Subtema: “Agradeço Todas as Lições, Que a Vida me Ensina” não se encontrando sombras, por este motivo, passou-se direto e só parou na “Cachoeira do Raposo”. Ali o grupo parou e ficou mais de uma hora em oração, com o texto de (Mt. 5, 1-12) “Sermão da Montanha”. Encontraram-se paz, água fresca, natureza, barulho das águas, algumas borboletas etc. Isso ajudou-os na concentração, falar com a natureza, com Deus com o outro e consigo mesmo.Este texto foi: explicado, refletido, contemplado e em seguida partilhado. Encerrou-se com a oração de súplica para que sejam iluminados pela luz de Deus, sendo humilde lamparina que brilha nas janelas das pobres casas, indicando aos outros o caminho da segurança e do aconchego. E assim neste dia tão especial dia da “Bíblia” concretizou-se um sonho de todos, fazer este retiro na Montanha com Jesus, no encontro com o Pai.
Irmã Geneci Bastos-CIIC