LEITURAS:
Is 63,16b-17.19b;64,2b-7
Sl 79
1Cor 1,3-9
Mc
13,33-37
Iniciamos o tempo do advento
abrindo nosso coração para acolher o Redentor que vem ao nosso encontro. Esse
tempo é marcado pela experiência da espera que exige uma preparação da nossa
parte a fim de acolher sempre mais a proposta de Deus para nossas vidas. Esta
nossa espera tem duas dimensões que ao longo das quatro semanas vamos
experimentar: preparação para celebrar a primeira vinda do Senhor com a festa
do natal e abertura para acolher e experimentar a sua segunda vinda. Nas duas
primeiras semanas nos é apresentada essa realidade da segunda vinda do Senhor e
nas duas últimas, como já estamos na proximidade do Natal, é a temática da preparação
para o nascimento de Jesus que será a marca principal.
A liturgia desse domingo insere-nos
nessa espiritualidade do advento, apresentando uma promessa que estimula a
esperança e chamando atenção para a postura a ser assumida pelas pessoas a fim
de poder acolher o que é prometido e gozar de toda a riqueza que essa proposta
trás consigo.
A promessa é dirigida num
primeiro momento a um povo específico: casa de Israel e casa de Judá. É o povo
da primeira aliança o destinatário da salvação que Deus realiza e a expressão
dessa ação salvífica é a implantação da justiça. Num segundo momento, porém a
promessa de Deus se abre, dirigindo-se a todos. O Filho do Homem se mostra como
libertador de todos os povos como ressalta o Evangelho. Neste momento a
salvação ganha a dimensão que realmente tem, pois ela não se reduz a uma nação,
a um povo ou a um grupo determinado, mas ela destina-se a todos os povos, a
todas as pessoas.
Frente ao dom da salvação o ser
humano deve colocar-se de forma acolhedora a fim de experimentá-lo na sua
integridade. Neste domingo dois elementos são ressaltados como caminhos para
esse acolhimento: A oração que nos permite luz para discernir qual a vontade de
Deus e força para assumi-la na vida e o amor fraterno que deve ser sempre
cultivado em nós a partir do amor com que fomos amados por Deus.
Que nos abramos sempre mais ao
chamado de Deus e conscientes e acolhedores do seu amor vivamos a experiencia
da salvação no nosso cotidiano.
Pablo Dourado
Seminarista