Leituras
Is 66,18-21
Si 116
Hb 12,5-7.11-13
Lc 13,22-30
A Liturgia nos apresenta Jesus
que prossegue “o caminho para Jerusalém”. Ele vai fazendo seu caminho e no
caminhar vai esparramando o anúncio do Reino de Deus. A salvação vai sendo
edificada na humanidade por meio dos passos de Jesus Cristo.
Alguém deseja a salvação e
questiona Jesus sobre as dificuldades e facilidades de ser salvo ou de se
salvar. Mas Jesus recorda que a salvação é dom gratuito de Deus Pai para todo
ser humano: “quando o dono da casa se levantar e fechar a porta”; ao mesmo
tempo em que é acolhida livre de cada um: “fazei todo esforço possível para
entrar pela porta estreita”. Esta dinâmica do Reino pede de cada pessoa um
deixar-se educar pela graça do alto, que na estrada da vida nos vai conduzindo
para os céus.
A participação do Reino é
presente/dom dado a todos sem exclusão: “Não tenhais, medo pequenino rebanho,
pois foi do agrado do Pai dara vós o Reino” (19º. Domingo). Esta doação não é
baseada em privilégios de grupos, sobrenomes, poderes ou títulos, antes é uma
entrega amorosa do Pai que desejoso de criar comunhão com sua criatura, convida-a
a participar da vida divina, para ser no mundo, sinal e mensageiro para todos
os povos. Deixar-se conduzir para o Reino é tomar parte dele e vivenciá-lo com
coragem e disposição.
A entrega do Cristo Jesus no anúncio
alegre e disponível nos ensina que, assim como Ele não se colocou como dono,
mas como servo e administrador das coisas de Deus, cada um que acolhe o chamado
do alto para servir, deve se lançar na missão, no anúncio constante da Boa Nova
com confiança e simplicidade, sem apegos, lembrando-se diariamente que somos
administradores da multiforme graça de Deus. Esta consciência nos educará na
escola do Senhor, para que como filhos formados pelo Pai não nos extraviemos
construindo um reino que não o de Deus, ou ainda, nos esmoreçamos no caminho;
deixemo-nos ser corrigidos para que seja produzido em nós o fruto de paz e de
justiça e por meio dele sejamos exercitados em boas obras e nos tornamos no
meio das nações, das comunidades e em todo lugar que nos encontramos anunciadores
da Glória de Deus e sinal que conduz, que busca e anima tantos irmãos e irmãs
que distante do Reino estão.
Que participantes da Glória
Divina sejamos igualmente facilitadores para que todos tenham a possibilidade de
encontrem a porta aberta e tomarem parte neste reino que para todos foi
preparado.
Concluindo o mês vocacional
recordamos com carinho e gratidão dos inúmeros catequistas que no meio do povo,
apesar das limitações, se colocam disponíveis para transmitirem o ensinamento
do Cristo Jesus. Que alimentados pelo Pão da Palavra e da Eucaristia, e
animados por nossos preces continuem testemunho por meio de uma vida alegre e
participativa na vida da comunidade, quer nas celebrações, nos encontros, nas
formações e decisões, o Cristo como o Reino de Deus instaurado em nosso meio
que nos conduz a Glória, na qual, face a face com o Senhor participaremos plena
e definitivamente de seu Reino. Catequistas, sigam em frente com coragem,
audácia, humildade e simplicidade.
Pe. Gonçalo Aranha