Durante todo período da história da filosofia os pensadores que viveram nessa época foram denominados pela característica atribuída aos pensamentos formulados em seu tempo. Os filósofos do período pré-socrático são chamados cosmológicos, os da era clássica são conhecidos por antropológicos, os que viveram na idade média são conhecidos como teocêntricos e os da modernidade são os epistemológicos.
A classificação de cada período da
história da filosofia se deu pela forma com que cada filósofo buscava responder
as questões essenciais para a compreensão do mundo e sua constituição.
Perguntas como: Quem somos? De onde viêmos? E para onde vamos? Perpassam a
história, e cabe ao homem, cada um em seu tempo, sofrendo as influências da
sociedade de sua época, responder tais indagações.
O período que antecede os grandes
pensadores é conhecido como cosmológico, por os pensadores daquela época buscar
explicações para seus questionamentos no cosmos, ou seja, na natureza, esses
filósofos muito contribuíram para os pensadores posteriores muitos de seus
pensamentos são usados até hoje no campo da matemática.
A partir de Sócrates, Platão e os
Sofistas, o homem passa a ser o centro desse questionamento, tendo grande
importância nesse período, o pensar filosófico, isto é, o uso da razão para
resolver as interrogações que a reflexão filosófica propunha. Nessa época a
problemática do homem torna-se o objeto de estudo, e os questionamentos éticos
e políticos ganham força.
Na idade média marcada pela grande
expansão do catolicismo, tem-se em Deus a grande explicação das coisas, a este
ser transcendente, se dá todas as respostas do relacionamento humano-divino.
Podemos destacar nessa época, entre tantos grandes prensadores, Santo Agostinho
de Hipona, que cristianizou o pensamento platônico dos dois mundos, e do corpo
como cárcere da alma. E Santo Tomás de Aquino, que atribuíra elementos cristãos
ao pensamento aristotélico, para ele, a unicidade do homem é de grande
importância para a relação entre o homem e seu semelhante, e entre o homem e
Deus.
Na modernidade está arraigada a
influência do empirismo, que consiste na necessidade de experimentos para se
chegar a respostas cada vez mais contundentes a problemática do homem. Nesse período o conhecimento torna-se o motor
que impulsiona o pensamento da época, destacamos nesse período, o grande
pensador René Descartes, que com seu método, abre novos horizontes para a
resolução de problemas, até então, inquestionáveis. O método cartesiano
consiste em, desconstruir um objeto, seja ele físico ou não, para análise,
depois de uma avaliação precisa de cada fragmento, o objeto estudado é
reconstruído e assim se chega a um conhecimento detalhado do que se está
estudando.
Em todos os períodos da história
vimos que o homem sente-se inquieto para responder aos questionamentos
fundamentais da vida humana, porém em todo esse processo o importante não é
necessariamente achar respostas, mas sim, esse incessante questionar, que faz
com que o ser humano mantenha essa constante dialética com o saber.
Pablo Prado
1º Filosofia