Kierkegaard e a Questão Existencial

Soren Aabye Kierkegaard nasceu em Copenhague no dia 05 de maio de 1813, era um grande filósofo e teólogo dinamarquês. Ele explica que é preciso conhecer bem a sua época quando quer agir sobre ela, destaca os atributos que permeiam a existência humana, nas quais está dividida em três estágios, a saber: Estético, Ético e Religioso.
No primeiro estágio, o estético, é quando o indivíduo encontra-se incapaz de fazer acontecer suas motivações fisicamente e espiritualmente, buscando um prazer momentâneo, o aqui e agora; no segundo estágio, o ético, o ser humano percebe que através da organização da sociedade (as leis) é o caminho no qual controla as ações humanas, conduzindo o ser para uma vida regrada na racionalidade; no terceiro estágio, o religioso, sendo este para o autor o mais difícil de ser compreendido, mas se bem assimilado servirá de bússola para uma vivência engrandecedora da fé, em um Deus soberano.
O filósofo descreve que o primeiro estádio é só entretenimento, o segundo é luta pela sobrevivência e o terceiro é sofrimento por haver muitos riscos. Entretanto, é na fé que o indivíduo se depara como ser humano.
Kierkegaard é considerado um dos maiores psicólogos do século XIX, com pensamentos que ultrapassa a nossa realidade, como: “Todo ser humano por mais poético que seja, deve procurar mostrar que viver é mais que sonhar", pois as vezes estamos em um sonho desesperado com o intuito de melhor viver, já que vivemos na época do individualismo, onde o que vale é uma assinatura, um nome ou status social.
O filósofo descreve seis características do amor romântico, são elas: Imediato, basta apenas o primeiro olhar; Amor belo, dois seres que se completam; Harmonia original, em sintonia total; Necessidade natural, a natureza prepara e completa as lacunas entre o casal; Liberdade, sentimento livre e sem amarras; Perfeito, sem defeito ou empecilho.
Kierkegaard não é um filósofo da melancolia, mas aquele que busca no fundo da tristeza (angústia) a alegria e a felicidade de viver, pois devemos viver para frente e compreender olhando para trás. Por conseguinte, o filósofo dinamarquês nos deixa esta mensagem, de que a vida é composta de grandes momentos e também de contra tempos, mas que não devemos nos desesperar ou ficar atados diante das dificuldades, mas sim, buscar no fundo do problema, motivos para continuar vivendo, buscando sempre o nivelamento, tendo a consciência de que ao assumirmos um cargo devemos assumir também suas responsabilidades, pois cada compromisso requer uma maturidade, e que esta, esteja enraizada na boa conduta, contribuindo para uma vivência melhor para a sociedade. Eis o dever de cada ser humano, dar sabor e sentido a sua existência, quebrando as amarras que nos prendem dentro da nossa própria angústia.

Élcio Bonfim
2º Filosofia