18º DOMINGO DO TEMPO COMUM

"Quem vem a mim não terá mais fome
e quem crê em mim nunca mais terá sede".
Leituras:
Ex 16,2-4.12-15
Sl 77 (78)
Ef 4,17.20-24
Jo 6,24-35
     A liturgia deste domingo nos convida a vigiarmos com constância nossa conduta cristã, dispondo-nos a uma contínua renovação em Cristo que se revela como Pão que desceu do céu, verdadeiro e único alimento para nosso caminhar deserto adentro, na travessia da vida.
            Exorta-nos São Paulo, na carta aos efésios (2ª leitura): “não continueis a viver como vivem os pagãos, cuja inteligência os leva para o nada. Quanto a vós, não é assim que aprendestes de Cristo” (v. 17.20).  Ou seja, não nos permitamos viver como se não conhecêssemos Jesus. Ele é a Verdade que ilumina e purifica os olhos, a mente e o coração. Todos temos condições, com a ajuda da graça de Deus, de nos abrir a uma inteligência que nos leva à plenitude, fazendo-nos melhores, mais santos e justos.
            “Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna e que o Filho do homem vos dará” (Evangelho – Jo 6, 27). Jesus dará não um pão perecível, incapaz de livrar da morte, como Moisés deu o maná (1ª leitura), mas como o novo e superior Moisés, o pão da imortalidade que só o Pai .  Ademais, ele não só dará esse pão, mas ele o é (v.35). O pão que dará é sua vida entregue por nós. É o pão da Palavra eterna capaz de livrar da ignorância a quem crê e vai a ele, assim como no Antigo Testamento a Sabedoria alimentava aqueles que a aceitavam (Pr 9, 1-5).
            Prefiramos achegar-nos à misericórdia de Deus que sempre nos dá provas de sua ternura, como a seu povo escolhido. Não a recusemos nem duvidemos da bondade inesgotável do Pai, como fizera o povo no deserto (1ª leitura) arrependidos do êxodo da escravidão egípcia. Ele, na plenitude dos tempos, falou-nos de seu amor por meio do Filho, Jesus Cristo. Deste não desconfiemos, preferindo morrer na escravidão do pecado. Aceitemo-lo e dele nos alimentemos e viveremos para sempre.
            Iniciando o mês vocacional, a Igreja reza pela vocações ao ministério ordenado e comemora com aqueles que entregaram suas vidas a Deus como diáconos, padres e bispos. Que estes, abertos às luzes do Espírito Santo, possam a cada dia transmitir, com renovado, vigor ao povo que lhes foi confiado o Cristo, Palavra e Pão que sacia toda fome.

Weverson Almeida Santos