Leituras:
Isaías
58,7-10
Salmo
111/112
1
Coríntios 2, 1-5
Mateus
5,13-16
No Tempo
Comum, a liturgia vai nos fazendo mergulhar cada vez mais no mistério do amor
de Deus. Porém, nos convida cada vez mais ao comprometimento e ao serviço ao
reino de Deus. A eucaristia nos alimenta e nos conduz no testemunho da vida
Cristã.
A oração do
dia expressa algo interessante: a confiança do Cristão está na graça de Deus.
Essa experiência é muito nítida na segunda leitura. Lembrando de sua missão,
Paulo afirma que não depositou sua confiança na sabedoria humana. Confiou no
Espírito e no poder divino (1Cor 2,4-5). Ele não se julgava autossuficiente. Tinha
consciência de suas fraquezas. Mas, por causa da sua confiança em Deus, sabia
que podia colaborar na evangelização da comunidade de Corinto.
Partindo
dessa mensagem de Paulo, compreendemos a exigência que nos é apresentada na 1°
leitura e no Evangelho. O profeta Isaías fala de obras que fazem ressoar na
comunidade uma vida religiosa justa. Deus quer seus filhos comprometidos com os
famintos, os infelizes, os desprotegidos. Agindo assim, o povo de Israel faz
resplandecer a luz de Deus no mundo.
No evangelho
Jesus também nos fala do testemunho: “vós sois sal da terra... vós sois luz do
mundo”. Sal e luz são dois elementos importantes. No entanto, seu valor depende
do bom uso, da boa medida. O sal guardado ou a lâmpada escondida não têm valor.
Por isso, ao chamar os discípulos de sal da terra e luz do mundo, Cristo chama
a atenção deles para a necessidade de estarem a serviço sempre. Eles não podem
se esconder, nem se esquivar da missão. Mesmo sabendo-se pequeno diante das
perseguições ou das dificuldades, o discípulo precisa contribuir na
evangelização, ocupando o lugar correto e agindo na medida certa.
Os discípulos
aos quais Jesus se dirige hoje somos nós. Por isso, dessa liturgia que
celebramos, carregamos duas mensagens principais: a primeira é que somos sal e luz. Não podemos cruzar os
braços! Nossas vidas só encontrarão verdadeiro sentido quando assumirmos
com coragem a nossa missão; Depois, a liturgia da palavra nos lembra, ainda,
que nossa confiança deve ser depositada
sempre em Deus. Apesar de nosso esforço e de nossa preparação serem
importantes, a sua graça é que nos capacita a dar repostas em situações em que
a sabedoria humana é limitada. É o Espírito de Deus que nos encoraja a seguir
em frente, apesar dos desafios dos serviços pastorais.
Portanto,
sejamos comunidade que testemunha o amor de Deus no mundo, povo que faz brilhar
na história a luz do Senhor. Confiemos plenamente em Deus porque é Ele que nos
dá força para seguir. É Ele que alimenta seu povo e sustenta sua caminhada.
Jandir
Silva