Ecl 1, 2; 2, 21-23
Sl 89
Cl 3,1-5.9-11
Lc 12, 13-21
Um dos temas centrais da liturgia deste 18° Domingo do tempo comum é o desapego. Desapegar significa, acima de tudo, ser autônomo diante das coisas e das pessoas, significa, também, ser coerente diante das escolhas feitas durante o limite espaço-temporal da vida. Porém, o processo de desvencilhar-se da escravidão do apego não é fácil e requer um constante exercício. Nesta dinâmica processual, podemos observar três tipos de desapego que, à luz da Palavra de Deus, somos orientados a exercitar.
O Evangelho de hoje nos coloca diante de duas “riquezas” distintas, aquela produzida pelo acúmulo de bens, e uma outra que é expressa como “riqueza diante de Deus”. Aqui é nítido o primeiro ato de desprendimento do homem, ou seja, o desapego das coisas. Com essas palavras Jesus chama a atenção para a importância de sermos possuidores das coisas, ao invés delas nos possuírem.
Os sábios de Israel já alertavam sobre o perigo do apego. O livro de Qohelt, do qual ouvimos a primeira leitura nos apresenta, de modo poético, um segundo tipo de apego, bem mais sutil e perigoso que o primeiro, que é o apego às pessoas. Desapegar das pessoas não significa uma atitude de autossuficiência, ou um egoísmo individualista que descarte a necessidade do outro. Pelo contrário, este desapego se refere às relações tóxicas que muitas vezes insistimos em manter desconsiderando o efeito nocivo ao outro e a nós mesmos.
Por fim, iluminados pelo texto paulino, nos deparamos com o mais sublime dos desapegos: o de si mesmo. Despojar de si significa fazer a experiência concreta de encontro com Cristo. Só é possível “alcançar as coisas do alto” com os pés firmes na realidade em que vivemos, nos doando inteiramente à missão a nós confiada. Eis o verdadeiro sentido do despojamento de si, converter todas as nossas forças para que o amor supere o ódio, a esperança supere o desespero e, mesmo em meio às dores, a alegria seja o combustível que impulsione os nossos corações para fazermos a experiência de encontro com Cristo e permitirmos que as outras pessoas também experimentem este encontro.
As três formas de desprendimento, acima citadas, nos mostram que quanto mais nos distanciamos das coisas fugazes mais nos aproximamos dos bens eternos e nos tornamos ricos diante de Deus. Que a liturgia hoje celebrada permita que saiamos da superficialidade da relação com as coisas, as pessoas, e nós mesmos e entremos na profundidade das mesmas dimensões relacionais que, vividas coerentemente, nos aproximam do mistério salvífico de Deus.
O Evangelho de hoje nos coloca diante de duas “riquezas” distintas, aquela produzida pelo acúmulo de bens, e uma outra que é expressa como “riqueza diante de Deus”. Aqui é nítido o primeiro ato de desprendimento do homem, ou seja, o desapego das coisas. Com essas palavras Jesus chama a atenção para a importância de sermos possuidores das coisas, ao invés delas nos possuírem.
Os sábios de Israel já alertavam sobre o perigo do apego. O livro de Qohelt, do qual ouvimos a primeira leitura nos apresenta, de modo poético, um segundo tipo de apego, bem mais sutil e perigoso que o primeiro, que é o apego às pessoas. Desapegar das pessoas não significa uma atitude de autossuficiência, ou um egoísmo individualista que descarte a necessidade do outro. Pelo contrário, este desapego se refere às relações tóxicas que muitas vezes insistimos em manter desconsiderando o efeito nocivo ao outro e a nós mesmos.
Por fim, iluminados pelo texto paulino, nos deparamos com o mais sublime dos desapegos: o de si mesmo. Despojar de si significa fazer a experiência concreta de encontro com Cristo. Só é possível “alcançar as coisas do alto” com os pés firmes na realidade em que vivemos, nos doando inteiramente à missão a nós confiada. Eis o verdadeiro sentido do despojamento de si, converter todas as nossas forças para que o amor supere o ódio, a esperança supere o desespero e, mesmo em meio às dores, a alegria seja o combustível que impulsione os nossos corações para fazermos a experiência de encontro com Cristo e permitirmos que as outras pessoas também experimentem este encontro.
As três formas de desprendimento, acima citadas, nos mostram que quanto mais nos distanciamos das coisas fugazes mais nos aproximamos dos bens eternos e nos tornamos ricos diante de Deus. Que a liturgia hoje celebrada permita que saiamos da superficialidade da relação com as coisas, as pessoas, e nós mesmos e entremos na profundidade das mesmas dimensões relacionais que, vividas coerentemente, nos aproximam do mistério salvífico de Deus.
Pablo Barbosa do Prado
3° ano de Teologia
3° ano de Teologia