Atos
12,1-11
Salmo: 33(34),
2-3.4-5.6-7.8-9
2º
Tm 4,6-8.17-18
Mt
16,13-19
Hoje a Igreja celebra a festa desses dois grandes homens do cristianismo
Pedro e Paulo. Um que foi escolhido como chefe dos apóstolos pelo próprio Jesus
e outro que se converteu-se à fé cristã e se tornou um grande missionário e
apóstolo das nações. Neles encontramos inspiração para a nossa vida de
cristãos. A liturgia deste dia recorda bem trechos da Sagrada Escritura que
falam destes dois homens de Deus.
A primeira leitura de hoje dos Atos dos Apóstolos nos lembra o
sofrimento que Pedro enfrentou por ser um anunciador do Evangelho. No início do
cristianismo, bem como ainda hoje, a Igreja de Cristo foi hostilizada. Os
anunciadores da Boa Nova do Reino de Deus pagaram um preço muito alto por
realizar essa obra generosa de anunciadores da Palavra da Vida. Diante das
realidades do mundo onde más notícias sempre ocuparam lugar de destaque na vida
do povo, causando sofrimento, preocupações e desânimos, assim como acontece
hoje, o Evangelho de Jesus sempre se apresenta ainda como a melhor notícia para
ser anunciada, ouvida e comentada. Por conta disto Pedro foi preso e ameaçado
de morte, assim como Herodes já havia feito com Tiago, irmão de João, que o
tinha executado. Entretanto, em meio às tribulações Deus não o abandona e envia
um anjo para o libertar das prisões.
Do mesmo modo acontece com Paulo que estava preso em Roma e escreve ao
seu amigo Timóteo. Provavelmente esta foi a última carta de Paulo. Ele sente
que a sua missão está chegando ao fim, que logo vão matá-lo. Porém Paulo se
sente confiante e tranqüilo em ter cumprido bem a sua missão. Ele está
preparado para a morte e espera a recompensa dos justos que crê que o Senhor
lhe dará. Paulo reconhece que a coroa da justiça é reservada para “todos aqueles que aguardam
com amor a aparição do Senhor”. A
leitura bíblica nos mostra a alegria de Paulo em ter conseguido, com a força
que Cristo lhe deu, anunciar plenamente a boa mensagem da salvação aos pagãos.
Em nossa missão de evangelizadores essa certeza deve perpassar a nossa vida.
São muitas as dificuldades em evangelizar em todos os tempos da História e, nós
sabemos que, nos nossos tempos também essa tarefa não é fácil. Entretanto,
vivemos na Era da Comunicação e se soubermos bem, aproveitar os recursos que os
nossos tempos nos oferecem, poderíamos fazer grandes proezas para o Evangelho
de Cristo ser mais conhecido e consequentemente fazer Jesus ser mais amado e
adorado.
No Evangelho deste dia Jesus anuncia aos discípulos que irá construir um
templo, sua igreja sobre Pedro e ele seria como a pedra fundamental desse
edifício. Esta imagem significa a importância do Papa para nós. Todo corpo
precisa de uma cabeça, isto é, precisa de uma liderança que agrega o símbolo da
direção e da unidade. Tal é o papel de Pedro para nós, tal é o papel do Papa
para toda a Igreja Católica. Porém, antes dessa escolha de Pedro Jesus faz uma
espécie de enquete, de uma pesquisa. Ele pergunta aos seus discípulos o que o
povo acha dele, o que as pessoas pensam dele. Em seguida ele redireciona a
mesma pergunta aos discípulos: “E vós quem dizeis que eu sou?”. Nesse momento
Pedro faz um reconhecimento que diríamos, esperado, e ao mesmo tempo uma grande
profissão de fé: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo. ” Em resposta Jesus
nesse momento também diz que Pedro é pedra, aquele apóstolo que tem uma forte
personalidade capaz de ser resistente a qualquer tentação para não abandoná-lo,
nem a sua Igreja.
Assim neste dia reconhecemos em Pedro e em Paulo, estes dois grandes
pilares da Igreja que não se abateram, não desanimaram e nem abandonaram a
missão que Cristo lhes confiou e que eles abraçaram livremente. São para nós inspiração
de amor e dedicação à Igreja. Amando o Cristo amamos a sua Igreja e amando a
Igreja amamos o próprio Cristo que a fundou. Abandonar a Igreja é também, por
certo, abandonar o Cristo que a desejou como espaço fecundo de encontro dele
mesmo, de sua presença salutar e salvadora. Recordemos que Jesus disse que a
sua Igreja jamais será abalada e destruídas pelas forças diabólicas do mundo. “As
portas do inferno” não serão capazes de destruí-la, porque ela não é uma
criação nossa. É o Cristo que é o seu dono e que a mantém pelo curso da
história dos homens na Terra. Louvemos a Deus pela sua Igreja e oremos para que
ela seja fiel ao mandato de Cristo: “Ide pelo mundo e anunciai o Evangelho a
todos os povos”
Pe. Nicivaldo de
Oliveira Evangelista