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Em
sua principal obra, Maquiavel cita conceitos de virtu e de fortuna que deve ser
a condição sine qua non do político ou governante, por que a capacidade de si
manter no poder são as qualidades do político; e dentre estas, estão à
qualidade da retórica pública, tento a capacidade de criar e manusear regras
para o próprio bem da sociedade.
Maquiavel
fala que o poder não apenas depende do destino ou que este já nasce com o
político, mas depende da astúcia dentro de uma sociedade que o respeite,
temesse e o amasse. Ele inova a política numa ética própria, colocando o homem
como responsável por seu sucesso através não só de sua força, mas também de sua
astúcia.
Com
isso, Maquiavel deixa de ser sinônimo de bondade para tornar-se astúcia e
destreza pessoal, sendo que somente com a junção de virtu e fortuna, um
príncipe seria capaz de manter-se no poder conquistado, podendo incorrer em
defeitos se isso fosse preciso para a manutenção de sua soberania, devendo,
para tanto, ser guiado pela necessidade e não pela moralidade vigente.
Por
fim, a nova ética analisa as ações não mais em função de uma hierarquia de
valores dada a Priore, mais sim, em vista das consequências, dos resultados da
ação política. Trata-se aqui de critérios de avaliação do que é útil a
comunidade. Para Maquiavel a moral não deve orientar a ação política, segundo
normas gerais e abstratas, mais a partir do exame de uma situação específica e
em função do resultado que ela promove, sendo que a política visa o bem do
grupo e não de um indivíduo isolado.
Com
Aristóteles, a vida moral e política tem uma ligação indissolúvel no que tange
as questões de bem governar, do regime justo, da cidade boa depende do bom
governante. Em decorrência disso, o bom governante deve ter a virtude da
prudência, pela qual será capaz de agir visando o bem comum e a felicidade de
todos os indivíduos.
Pablo
Dourado
3º
Filosofia