Uma exigência de nossa vida eclesial no que se
refere à liturgia é a efetiva organização da Pastoral litúrgica.
Também se em todas as paróquias existem grupinhos que atuam para as
celebrações, precisamos dar mais um passo: organizar uma verdadeira Pastoral.
Por isso, eis algumas sugestões, que, há anos, encontram-se num documento (n.
43) da CNBB (Comissão da Liturgia)[1]. É preciso distinguir, antes de tudo, entre Equipe de Pastoral
litúrgica – que deve ser estável e formada por pessoas que tiveram uma
específica formação - e Equipes de celebração que,
orientadas pela primeira, organiza e anima as específicas celebrações.
1. Equipe de Pastoral litúrgica
A meta da Equipe de Pastoral litúrgica é
favorecer a participação ativa nas ações litúrgicas, em vista da edificação da
Igreja em comunidades vivas, comprometidas com a missão de Jesus Cristo e com a
prática da caridade. Ela atua em vista da animação da vida litúrgica numa
paróquia, e tem como funções:
• planejar,
animar, coordenar e avaliar a vida litúrgica das comunidades;
• zelar pela dimensão celebrativa do conjunto da ação evangelizadora e pastoral, da qual a liturgia é fonte e culminância;
• zelar pela dimensão celebrativa do conjunto da ação evangelizadora e pastoral, da qual a liturgia é fonte e culminância;
• constituir,
formar e fortalecer as equipes de celebração nas comunidades;
• garantir a
celebração do mistério pascal de Cristo, dando particular atenção às
celebrações dos tempos significativos do Ano Litúrgico;
• introduzir
os fiéis nas diferentes formas celebrativas, na oração pública da Igreja, fonte
de piedade e alimento da oração pessoal (cf. SC 90).
• integrar as
diferentes equipes de celebração da Palavra de Deus, da Eucaristia e dos demais
sacramentos e sacramentais;
• construir,
pela liturgia, comunidades eclesiais vivas e missionárias.
Em síntese, as principais tarefas da Equipe de Pastoral litúrgica são: animação da
vida litúrgica, planejamento, coordenação, formação, assessoria e avaliação.
A equipe de Pastoral litúrgica integra pessoas
engajadas na vida da comunidade que, animadas pela fé, assumem e realizam de
forma corresponsável e competente o serviço de animação litúrgica. O ideal é
que ela seja plural, isto é, que reflita e integre a diversidade de idades,
sensibilidades e engajamentos nas diversas dimensões da pastoral da Igreja[2].
A equipe de Pastoral
litúrgica atua bem quando constituída por pessoas que amam a liturgia e prestam
serviço de forma gratuita e desinteressada, aceitando trabalhar em equipe e
aderindo-se ao processo de formação permanente. Ela é, antes de tudo, uma equipe
de vida, de oração, imbuída do espírito do serviço gratuito e comprometida com
a santidade e a espiritualidade da comunidade.
Para uma efetiva
participação e crescimento eclesial, é muito importante que, periodicamente,
se renove o quadro de seus membros. Isto evitará os monopólios, o cansaço e a
rotina[3].
Estas são encarregadas diretamente das
celebrações da Palavra de Deus, da Eucaristia (missas), do Batismo, do Matrimônio,
das Exéquias e das Bênçãos nas paróquias e comunidades. Destas equipes fazem
parte, especialmente, leitores, Ministros da sagrada comunhão eucarística,
recepcionistas, salmistas, cantores e instrumentistas, animadores,
comentaristas e ministros que presidem.
Tarefas da equipe de celebração
A equipe de celebração tem como
tarefas:
• preparar,
com certa antecedência, as celebrações, de forma criativa, simples, alegre,
acolhedora, participativa e adaptada à cultura e à experiência religiosa da
comunidade;
• organizar o
espaço celebrativo de modo agradável, acolhedor e orante;
• preparar
tudo o que for necessário para uma determinada celebração;
• prever os
diferentes elementos e momentos da celebração, tendo em vista a integração
entre o mistério celebrado e a vida das pessoas;
• escolher os
cânticos e hinos levando em conta os momentos da celebração, o tempo litúrgico
e a experiência da comunidade;
• distribuir
corresponsavelmente as diversas funções e serviços;
• preparar-se
técnica e espiritualmente para o desempenho competente das funções litúrgicas,
tendo em vista a participação ativa da assembleia, definido também expressões e
gestos simbólicos;
• avaliar,
periodicamente, a prática celebrativa à luz da vida da Comunidade eclesial e da
vida como um todo, isto é, enraizada na realidade do bairro, da cidade ou do
meio rural. A liturgia deverá ser sensível às condições do povo[5].
Pede-se às Equipes de celebração para evitar o uso de folhetos litúrgicos. A atenção de todos deve
estar centrada no altar, no ambão e na ação de quem preside ou anima a
celebração. A proclamação da Palavra de Deus, das Orações Eucarísticas e das
outras Orações deve ser acompanhada, ouvida e vivenciada com o olhar e o
coração voltados para as pessoas que exercem em nome de Cristo o ministério litúrgico.
Como povo sacerdotal não somos leitores de folhetos, mas atores da liturgia.