MATRIMÔNIO 19

Depois de ter meditado sobre as leituras propostas pela celebração do Sacramento do Matrimônio, chegamos ao Rito Sacramental.
Lembro que, no Brasil, na edição típica de 1993, encontramos, além da tradução do Ritual Romano, um Rito ‘adaptado’, próprio do Brasil. Nele se encontram bonitos comentários que podem ser apropriados para cada celebração. Também, quem preside (sacerdote ou outro ministro habilitado para isso) encontra significativas expressões que ajudam a enriquecer espiritualmente este momento.
No diálogo antes do consentimento, usando o mais familiar vocês, o sacerdote acolhe os noivos em nome da Igreja e destaca o sentido do que eles vieram fazer e pede “que a união de vocês seja marcada por Cristo por um sinal sagrado”. Recorda a fundamental ‘consagração’ cristã, realizada pelo Batismo, e diz que o sacramento do Matrimônio “vai enriquecê-los para que sejam fiéis um ao outro, no seguimento de Cristo, e a todos os seus deveres”.
No contexto de fé em Cristo e no clima eclesial, a celebração adquire seu verdadeiro sentido. Quando os noivos forem conscientes disso, o que segue evidencia a riqueza humana e divina de gestos e palavras que o rito propõe.
Nas três perguntas que o Ministro faz aos noivos, resumem-se as características essenciais do casamento cristão. Liberdade, fidelidade por toda a vida e disponibilidade a acolher os filhos e a educá-los ‘na lei de Cristo e da Igreja’ são as notas próprias do Sacramento. Às perguntas, já preparadas no assim chamado de ‘processo matrimonial’, os noivos respondem ‘sim’! Três ‘sins’ muito exigentes, que manifestam a identidade do ‘casar no Senhor’ segundo a proposta da Igreja fundamentada na Palavra de Jesus.
O Ministro diz: “Agora convido vocês, caros noivos (nomes) a se darem as mãos e firmarem a sagrada aliança do Matrimônio, manifestando publicamente o seu consentimento’. O texto proposto aos noivos para manifestar seu consentimento, em sua essencialidade, encerra uma grande riqueza de conteúdos. O noivo diz: “Eu (nome) recebo você (nome da noiva), por minha esposa e lhe prometo ser fiel, amar e respeitar a você, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida”. A noiva, em seguida, repete, por sua vez, as palavras de acolhida do noivo, num amor impregnado de fidelidade e respeito, que deve marcar todos os acontecimentos, alegres e tristes, da vida.
O Ministro, testemunha oficial e qualificada da Igreja, conclui pedindo que Deus mesmo ‘confirme’ esse consentimento e derrame sua bênção. Conclui, lembrando a palavra evangélica: “Ninguém separe o que Deus uniu”! A assembleia, então, intervém dizendo: “Que Deus, por seu Espírito Santo, os conserve sempre unidos no amor!”. O sacerdote pode convidar os presentes para louvar a Deus: “Bendigamos ao Senhor!”; todos respondem: “Graças a Deus”.
Por hoje, paremos por aqui. Os casais que um dia casaram ‘no Senhor’ renovem seu compromisso, pedindo a Deus força para serem sempre fiéis em seu recíproco amor.

Dom Armando