As reflexões a respeito da liturgia da
Missa vão se encaminhando para a conclusão, acrescentando somente algumas
palavras sobre os ritos de encerramento
da celebração.
A Instrução Geral do Missal Romano (n.
90) escreve: “Aos ritos de encerramento pertencem: a) breves comunicações, se
forem necessárias; b) saudação e bênção do sacerdote que, em certos dias e
ocasiões, é enriquecida e expressa pela oração sobre o povo ou por outra
fórmula mais solene; c) despedida do povo pelo diácono ou pelo sacerdote, para
que cada qual retorne às suas boas obras, louvando e bendizendo a Deus; d) o
beijo ao altar pelo sacerdote e o diácono e, em seguida, a inclinação profunda
ao altar pelo sacerdote, o diácono e os outros ministros”.
O
Guia litúrgico da CNBB observa: os ritos finais têm estreita relação com os
ritos iniciais. A Comunidade que tinha sido convocada para ‘estar com o
Senhor’, agora é enviada em missão (cf. Mc 3,14). Termina a missa – se diz –
começa a missão! Nós cristãos entramos na igreja para celebrar as maravilhas de
Deus e ‘fazer memória’ da aliança de amor, realizada por meio da ‘atualização’
ritual do sacrifício de Cristo; agora, saímos para sermos missionários,
mensageiros e testemunhas de paz, solidariedade, justiça e vida plena para
todos.
Como membros da Igreja, devemos tomar
conhecimento do que acontece na vida eclesial, das iniciativas de evangelização
que a nossa Comunidade está realizando. Por isso, eis o sentido dos ‘avisos
paroquiais’ dados neste momento. Só uma recomendação: devem ser essenciais
e bem comunicados. Observa-se que, às vezes, demoram mais do que a homilia e
esse momento se torna cansativo; pior quando são ocasião de desabafo ou para
dar recados aos ausentes!
A bênção – dada em nome
da Trindade santa - encerra a celebração que começou em nome do nosso Deus
Trindade. O missal oferece várias possibilidades segundo as diferentes
circunstâncias e festas. O Guia litúrgico (p. 36) diz: “Para as
palavras finais da despedida o missal apresenta várias alternativas.
Ressalta-se aí a graça do Senhor que nos acompanha no nosso dia-a-dia e o culto
verdadeiro que o cristão exerce por sua própria vida (cf. Rm 12,1-2)... O rito
termina com a aclamação ‘graças a Deus’
da assembleia, que significa: exultamos por Ele nos acompanhar com sua graça na
missão que nos confiou”.
A celebração se encerra com o beijo
ao altar, assim como tinha começado. É um ‘sinal de veneração’ ao altar,
símbolo de Cristo sacerdote, altar e vítima.
Com essas anotações, termina a nossa
análise a respeito da liturgia da celebração eucarística.
Desejo que possamos viver o encontro
eucarístico – com Jesus Cristo e a Comunidade - com maior intensidade
espiritual e melhor valorização do que fazemos quando nos reunimos para
celebrar o santo mistério da nossa fé. Ainda mais, peço a Deus que nossa vida,
iluminada e fortalecida pela celebração, torne-se uma verdadeira Eucaristia,
isto é, um hino de louvação e testemunho de amor.