A SUBJETIVIDADE PÓS-MODERNA

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Seguindo Ítalo Moriconi, podemos destacar a pós-modernidade como um período de avaliação da aventura moderna do homem, marcada por glórias e honras, mas também por insuficiência e frustração que envolvem  todos os ambientes de vida social.
O termo pós-moderno, portanto, caracteriza o período em que se tecem críticas à modernidade, de maneira particular nos campos da arte e da produção do conhecimento acadêmico. Também foi alvo de crítica a grande pretensão moderna de ordenação do mundo e do homem guiada pela razão técnico-científica. Touraine (1995, p. 9) lembra que na modernidade “é a razão que anima a ciência e suas aplicações; é ela também que comanda a adaptação da vida social às necessidades individuais e coletivas”. Partindo dessa ordenação de viés racionalista, a humanidade avançaria “simultaneamente em direção à abundância, à liberdade e à felicidade” (TOURAINE, 1995, p. 9). 
Desse modo, o homem torna-se o responsável direto na busca do sucesso pessoal, da felicidade, da organização e da prosperidade seguindo os ditames da ciência e da razão. Cabe a ele um papel de constante superação de tudo aquilo que não concordaria com o racionalmente aceitável. Esse ideal, no entanto, falhou, pois aprisionou o homem e não conseguiu garantir-lhe verdadeira felicidade e progresso. Ao contrário, fez a Europa chegar a um caos garantido pela destruição e violência de duas guerras mundiais.
O pós-moderno é aquele que desconfia desse ideal da organização racional da vida. Nesse sentido, o Super homem, do qual Nietzsche fala, segundo Bauman, serve como um bom modelo de leitura do homem contemporâneo, que busca sair das amarras desssa vida racionalmente ordenada para atingir uma existência mais estética, que valorize as sensações, os prazeres.
Agora, o sujeito quer, ele próprio, determinar sua vida pelas experiências, pelas sensações do tempo presente, momentâneo e não mais voltar-se para uma possibilidade futura, uma estatística, ou conclusão lógica. Nisso ajuda muito o contexto consumista da sociedade atual. O ato de consumir é difundido cada vez mais como uma nova oportunidade, uma nova alegria ou bem-estar por meio daquilo que se adquiriu.
Em síntese, podemos dizer que o pós-moderno é um crítico da modernidade, desinteressa-se pelo ideal de vida ordenada pela racionalidade fria, orientada para o futuro, e passa a viver orientado para o presente, para a busca da felicidade e da vivência das sensações no agora, sendo constantemente ajudados pelo mercado, que sempre oferece um novo produto de que ele necessita para ser feliz e experimentar bem estar.
Júlio César
3° Filosofia